eu prefiro a exclusão

O Reuni surgiu na UFMA com muitas indagações e protestos (leia-se o povo do CCH fez alguns reboliços). A priori, quem não tinha nada a ver com a história, estudantes assim como você e eu, viu tudo ser implantado à surdina, e pouco a pouco as coisas começaram a mudar na Universidade.

Umas obras ali, um serviço acolá... Hoje, pouco mais de 1 ano e meio da palhaçada ter começado, todos nós estamos sentindo as conseqüências do Programa de Reestruturação das Universidades Federais. A primeira delas está no caminho para a UFMA.

A maldita fila do 311 Campus, no TI Praia Grande, que era até então a única fila respeitada no Brasil inteiro, não serve mais pra nada. O RU anda cada vez mais lotado, aquele sistema eletrônico só piorou a situação. Os corredores cheios de gente de capacidade universitária duvidosa.

Todos os remanescentes que ingressaram antes de 2006 viveram uma universidade diferente, e tiveram a oportunidade de ver essa transformação. Sentem hoje na pele e no suor do Campus lotado como essa história de “crescimento com inovação e inclusão social” não serve.

Chego, portanto, ao ponto de afirmar que a exclusão é preferível. O universo de unidades da UFMA deve priorizar um ensino de excelência com a capacidade de gestão desse sistema que é muito complexo. O problema da educação brasileira não está na Universidade. É o caminho até ela que a constrói. Que o diga aquele confortável ônibus.

*Por Clis

Curitiba em 10x sem juros

Clis e Carol entram no T090 Terminais BR 135. Numa cadeira da frente, Carol tenta sentar. Uma, duas, três tentativas. Uma senhora gorda e descontrolada chama loucamente pela filha e sem nenhuma cerimônia impede a passagem de Carol. Sem mais nem menos, um truculento trabalhador braçal avança sobre todos e ocupa o tão almejado banco de ônibus. Neste momento eu disse: que saudades do bi-articulado de Curitiba.
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Quem foi não se cansa de lembrar os bons momentos que passamos lá. Quem não foi, não agüenta mais ouvir todas as histórias. Mas como esquecer uma cidade tão linda e acolhedora como a capital do Paraná. Uma cidade que com planejamento e educação, marcou a todos os participantes do Intercom 2009.
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Como esquecer então dos ônibus tão limpos e do trânsito organizado. Como esquecer a ausência de filas nos terminais. Como esquecer os tubos e a doce voz dizendo “próxima parada, estação rodoferroviária”. As belas paisagens, os jardins bem cuidados, e educação do povo e o friozinho que deixa todo mundo muito chique: como esquecer.
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Tudo isso nos faz pensar que todas as prestações que sobraram pós-viagem valeram à pena. E elas serão pagas pouco a pouco somando a saudade de uma bela cidade e a espera para 2010. Já temos dois destinos: Campina Grande – PB (IntercomNE) e Caxias do Sul – RS. A intenção é deixar o cartão livre pra fazermos novos parcelamentos que, com certeza, serão bem aproveitados.

*Por Clis

nossa revista laboratório


vai paola

E tudo começou com um homem e uma mulher. Ele Adão, ela, Eva. Adão comeu a maça e deu no que deu. No que Eva deu, o mundo começou a ser povoado. Egípcios, as pirâmides, as múmias, os mesopotâmicos, os gregos, os jogos olímpicos, os filósofos, os romanos, os medievais, as pestes, as cruzadas, as trevas, as luzes, os renascentistas, as caravelas, o novo mundo, o El dourado, as guerras, a primeira, a segunda, as infinitas, os hippies, o meu avô, a sua avó, os nossos pais e, finalmente, nós! Nascemos numa época morna.

Os anos 90 passaram rapidinho. Pensamos que em 2000 o mundo ia acabar. Não acabou. Pois é, crescemos .Hora de decidir o que vamos ser daqui pra frente. Eu já quis ser arquiteta, Pri já pensou em fazer moda, Paola queria ser bailarina, Bruna pensou em medicina, Diego pensava que RP era Publicidade, Seane, Clis e Andrezza sempre quiseram ser jornalistas. No fim das contas, todos escolheram a Comunicação.

Confusão: “UFMA anula segunda etapa do vestibular por causa de fraude”. Revolta de alguns, alívio de outros. Tensão: “Pressionada, UFMA decide anular as duas etapas do vestibular”. Tentativa de suicídio de uns, felicidade suprema de outros. Resultado: 3 meses de incertezas e muito remédio pro estomago. Passamos... pro segundo semestre. 6 meses em casa e alguns kgs a mais.

16 de novembro de 2006. Chegou a hora! Primeiro dia de aula... trote. Segundo dia de aula... Bambu. Terceiro dia de aula... me perdi no CCSo. Quarto dia de aula... não teve aula. Quinto dia de aula... Marcos Catunda, ou seja, não teve aula.

Nesses 3 anos, passamos maus bocados nas mãos de Ester, tiramos quase mil reais de xérox com Silvano, nos revoltamos com Fátima Gonzalez, nos apaixonamos por Fátima Gonzalez, deixamos alguns grilos assistindo a aula de Adalberto Rizzo. Nos separamos no terceiro período, mas nem parecia.

Fizemos a primeira confraternização da Co06.2, a segunda, a terceira, a quarta, a quinta... Hoje, na confraternização de numero 5870, só queremos dizer que nosso sonho é que Paola traga um legitimo vinho do Porto pra ver se a gente pára com essa mania de beber vinho de quinta categoria.


Assista ao video da despedida.

*Por Carulhina

intercom nacional: a saga

Primeiro foi a euforia. Trouxemos para São Luís seis prêmios Expocom, quatro deles produzidos por alunos da Co06.2. Depois caímos de boca na realidade: como é que nós, meros estudantes lisos, conseguiríamos apoio financeiro para a próxima etapa, o congresso em Curitiba? Alguns anteciparam a compra das passagens, que na época custavam a metade do que custam hoje, parcelaram em infinitas vezes e esperam ansiosos pela data da viagem. O resto (leia-se a maioria) resolveu apelar para personalidades superiores.

Batemos na porta da reitoria (sem ocupá-la). Depois de mil ofícios e centenas de e-mails, a resposta: 125 reais para cada membro das equipes vencedoras. Todos deram aquele longo suspiro... Depois disso, os sites da TAM e da GOL passaram a figurar entre nossos favoritos.

Clis sempre tentou rotas alternativas. Achou várias “soluções”. O voo mais barato terá escalas e conexões em várias capitais nordestinas. A viagem dele inclui 20 horas dentro de um busão daqui pra Fortaleza. Resultado: Clis sai no dia 2 de setembro e chega a Curitiba no fim da tarde do dia 3. Justo? Não, barato.

Andrezza, que já sofre de gripe suína psicológica, trocou milhas por passagens. A situação dela poderia ser confortável se ela tivesse garantido um teto. Arriscado? Sem comentários.

Seane sabe que vai. Sabe que tem onde ficar. Sabe que vai apresentar o Santo de Casa: as vozes do Maranhão na Universidade FM. Sabe que vai atender ao telefone 50 vezes ao dia. Sabe que vai usar máscara e lavar as mãos toda hora pra não pegar gripe suína, mas não sabe se volta. Ela ainda tenta comprar a volta por menos de 700 reais. Força, Seco!

Os RPs e alguns de Rádio e TV compraram passagem em junho e irão apresentar o projeto A comunicação como ferramenta para melhor desenvolvimento social.

A equipe de Israel recebeu financiamento da FAPEMA pro Maranhão Ciência: o portal do jornalismo científico.

O Ricardo vai representar (sem Paola que viaja no mesmo período pra Portugal) o Videotur (pra mim, o favorito ao prêmio nacional).

Eu... bem, eu não vou. Mas torço por todos e espero que tenham a dignidade de ficar de quarentena na volta. Não quero pegar gripe suína.

*Por Carulhina

o dinheiro que cai do céu

A recente briga de egos entre a Record e a Globo tem particularmente me divertindo muito. É 'toma lá, dá cá'. O mais interessante, é que tudo acontece no mesmo horário e em telejornais praticamente idênticos: o JN e o JR. Cabe então questionar: quem está com a razão?

Ninguém. Num país onde existe TV Senado com sua programação 'nobre', tudo na televisão tem uma pitadinha do satã! Cada um alimenta o seu capetão: a Record foi comprada e reformulada com dinheiro de fiéis que foram ludibirados em maquiagens religiosas; a Globo por muito tempo manipulou a opinião pública e esteve no 'underground' político nacional em diversas ocasiões.

Cada nova denúncia deveria ser festejada pela opinião pública. É uma forma de cada cidadão inalar um tiquinho do fedor que emana de Rio e SP. Entretanto, é essencial que haja distribuição de audiência na TV. Nenhum monopólio é dignamente justo, senão seria um modelo de televisão ideal, coisa que inexiste.

Cabe à justiça brasileira apurar (isso já levanta sérias dúvidas) e aos brasileiros escolher qual capetão ele quer alimentar. Enquanto isso, fica a dica: monte a sua igreja e faça sua rede de televisão. Por falar nisso, culto amanhã na igreja da galáxia do reino da norminha. E não esqueçam o dízimo!

Por Clis (trechos Pato Fu)

Complete o texto com 3 palavras

Era uma vez, Ana Mola Molinha, chamada Maria Severina que tinha uma calça furada com um prego enferrujado que doía muito. Num dia chuvoso, ela comprou um antiferrugem, mas não pagou a conta. O vendedor ficou terrivelmente irritado, então martelou a bunda. Serverina não revidou, chamou o José da padaria e "bolou" um plano: comprou um cremosinho, um Aqui Maranhão, outro de amanhã e uma pipoquinha, colocou numa caixinha e pegou um fósforo para acender a vela do caixão de MJ. Após dançar moonwalk, escorregou na banana e rasgou a cueca de [censurado].
A bailarina clássica esqueceu o plano maquiavélico da vovó Dinorá, uma velha desdentada e fofoqueira que vivia dizendo: "time is money!". Dinorá na verdade era ninfomaníaca e decidiu agarrar Clis, mas ele gostava de outra vovozinha que cheirava a canela em pó. Zaíra então resolveu se banhar de colônia de alfazema e chamar Seane para, juntas, irem disputar o amor do faxineiro gatinho, que por sinal tinha uma pereba no meio da perna cabeluda. Aí ela começou a trocar olhares com Seu Coxola quando um Campus com Carol pulando dentro virou na ponte e deixou feridos.
No ultimo episódio, todos choraram com lágrimas de crocodilo, pois Carol quebrou o nariz, mas ela fez cirurgia. Tudo acabou bem, mas... e a mola?


*Por Andrezza, Secoelho, Zazá, Clis e Carulhina

O Circo pegou fogo!

Ah, como eram bons os tempos de criança! Quando nos encontrávamos para brincar de pique-esconde, de ciranda, pega-bandeira, e tantas outras brincadeiras sadias. As músicas eram tão criativas, com bastante figuras de linguagens: hipérboles, metáforas, ironias...

Nesta primeira semana de agosto, pude relembrar uma cantiga de criança, devido a um acontecimento no país. A musiquinha dizia assim: “[...] O circo pegou fogo, o palhaço deu sinal; acode, acode, acode a bandeira nacional. Alô Brasil, quem se mexeu, saiu”.

É, não há música mais apropriada para o atual momento da política brasileira. Desde a descoberta do “mensalão”, o segmento tem ganhado mais espaço na mídia, nas discussões cotidianas entre as pessoas e nos programas humorísticos. Há tanto tempo a sociedade não se “divertia” desta forma. Mas o mensalão, assim como Botafogo (que me desculpem os muitos botafoguenses), não deu em nada: apenas serviu para aumentar as forças dos adversários!

Queria ter assinatura de uma TV fechada. Desde criança, sou apaixonado por futebol e demais esportes. Mas se tivesse, passaria meu tempo assistindo ao humor de um canal nobre: a TV Senado.

Em primeiro lugar, a linguagem dos parlamentares é impecável (ou não): “Vossa excelência deveras estar consciente da proficuidade demasiada das convergências políticas do país...”. Além disso, o companheirismo é algo primordial entre os mesmos, tal qual não se vê na sociedade, num grupo de amigos. Tomemos o caso do presidente do Senado, José Sarney, vulgo dono do Mar.

O ilustre senador maranhense – ops! amapaense – tem sofrido sérias denúncias e acusações de nepotismo e favorecimentos. Nunca andara tão triste e cabisbaixo como agora. Como alguém poderia fazer isso com um político tão eficaz e trabalhador, que durante anos ajudou o Maranhão a se tornar este maravilhoso estado?!

Pedro Simon (PMDB-RS) foi à tribuna pedir que Sarney deixasse o cargo de presidente, após surgirem as denúncias dos atos secretos do presidente da Casa. Dois “heróis” nacionais não aceitaram tais acusações contra o bom velhinho nascido no Maranhão, senador de Amapá e residente em Brasília. Primeiro, foi Renan Calheiros, ex-presidente do Senado, acusado de irregularidades durante o exercício na presidência.

Depois, foi a vez de Fernando Collor de Melo. Isto mesmo, nosso primeiro presidente após o fim da ditadura militar! O primeiro presidente, também, a sofrer impeachment, em 1992. Agora, não tão jovem ou bonito como dantes, mas com mais intrepidez e ousadia. “Engula suas palavras... Digira-as...”, estas frases estão marcadas na história do Brasil.

Renan ainda voltou a discutir com Tasso Jereissati, num bate boca fantástico: “Não aponte esse dedo sujo para cima de mim”, disse Tasso. “O dedo sujo infelizmente é o de Vossa Excelência. O dedo dos jatinhos que o Senado pagou”, rebateu Calheiros. “Pelo menos, era com meu dinheiro. O jato é meu. Não é o que o senhor anda, o de seus empreiteiros”, respondeu Tasso.

Renan fala algo fora do microfone, deixando Tasso furioso: “Eu coronel? Cangaceiro, cangaceiro de terceira categoria!”. “Você não é coronel de nada. Me respeite. Você é minoria com complexo de maioria. Me respeite”, Calheiros, finalizando sua participação.

Pois é, se preparem que ainda tem muito mais neste fantástico mundo circense, chamado Congresso Nacional. A qualquer momento, voltaremos com mais humor para você... ou não!

Por Eduardo Rimador Oliveira

Twitter, blog, orkut, facebook...

Toda vez que leio essas palavrinhas acima em alguma revista ou em algum artigo, involuntariamente fecho a cara.

Não raro me deparo com matérias entediantes e ingênuas, que apresentam apenas uma visão distante do que sejam estes recursos da web. Creio que falar sobre isso seja complexo, pois eu vejo cada uma dessas redes da forma como eu as utilizo. Paradoxalmente, é muito reducionista dar uma visão geral. Assim, se um cara diz que o twitter é frequentado por pessoas de 30 a 39 anos, ele não faz jus aos milhares de adolescentes e jovens que já ingressaram no ramo.

Além de parecerem manuais e quase nunca acrescentarem alguma novidade para quem se interessa pelas redes, as matérias são como receitas de bolo: com estatísticas e o passo-a-passo de como fazer uma coisa que a gente já nasce sabendo.

Mas não são as matérias descritivas que fazem revirar o estômago. No jornalismo, é bem verdade que temos a mania, e a obrigação, de encontrar personagens para as histórias. E quando se trata de uma reportagem isso não é diferente.

Na revista continuun do Itaú Cultural, de julho e agosto, na primeira reportagem sobre blogs, conhecemos a história de 3 personagens. Os dois primeiros são exemplos de sucesso e de pessoas que se tornaram influentes e conseguiram tornar isso frutífero para a sua vida inteira apenas postando no seu blog.

Quando leio isso, penso: "Ei, esse é o meu sonho e de mais quantos?". A dica para tornar o sonho realidade é sempre a mesma: estar antenado. Acontece que não se fica "antenado" da noite pro dia. Há pessoas que passam horas na internet, fazendo 10 coisas ao mesmo tempo. Elas descobrirão coisas fantásticas, elas perderão muito tempo.

Ser "antenado" significa estar online em tempo integral. Aparecer, ser visto, dar o que falar, conquistar números, seguidores... Resta saber se vale à pena.
*Por Secoelho

Espermatozóides do Barulho - Secoelho

Na primeira tentativa séria de ingressar no quadrinhos, o nosso querido Chris Lima, ou Clis, encarnou em espermatozóides desajeitados, e fáceis de desenhar, algumas situações e características dos estudantes de Comunicação Social/Jornalismo da UFMA. Dando continuidade ao seu trabalho, desta vez não é a editora chefe do Furico, Carulhina Diniz, que fracassa na corrida da vida. Desta vez, bem, sou eu. O quadrinho também explica porque minha irmã conseguiu nascer primeiro que eu!

Por Secoelho (Seane Melo).

Veja também:
http://furicoonline.blogspot.com/2009/06/espermatozoides-do-barulho.html

maranhão: aqui e acolá

Na política nacional, somos reconhecidos por grandes nomes. Tal como José Sarney, que nem senador pelo Maranhão é, temos... Outra leva de pessoas que tem o sobrenome idêntico. Não que seja motivo de tanta vergonha assim, mas não dá pra bater no peito e dizer que somos ou estamos orgulhosos. Eles não fazem tanto sucesso quanto o nosso ‘guaraná jesus’.

Há muito, tenho tentado assimilar uma idéia de democracia que me faça aceitar a existência do congresso nacional. Mergulhado em uma série de polêmicas, a casa do povo situada em Brasília tem me deixado um tanto triste. Agora de recesso, minha iminente depressão adia sua instalação sobre a calmaria da esplanada.

E quando voltarem? Será diferente? Um dia será diferente? Não sei. Mas cada vez mais pretendo tirar o ‘sei’ da minha auto-resposta. Polêmicas a parte, nenhum dos três poderes tem dado motivo de alegria em demasia para o povo brasileiro.

Todo mundo vive como se nada estivesse acontecendo. Nada além de um comentário sarcástico-irônico numa fila de banco ao ler o “Aqui Maranhão” tem sido suficiente para mudar o caos político que no país se enraíza.

Falando em jornais populares, alguém leu “Matou a mãe e esfaqueou a tia”?


*Por Clis Pensativo

Bastidores do São João

Quem é maranhense e matraqueiro sabe que todo boi de matraca tem seu valor. Alguns, claro, tem mais peso que outros. Tanto que a fruição de alguns desses bois é mais intensa e arrepiante. É o caso do Boi da Maioba e do Boi de Maracanã.

Maioba e Maracanã disputam a preferência do público. Maioba com a maior orquestra de percussão do mundo e com “se não existisse o Sol, como seria pra Terra se aquecer...”. Maracanã com seu eterno cantador Humberto de Maracanã e com “Maranhão, meu tesouro, meu torrão. Fiz esta toada pra ti Maranhão”.

Mas de fato, nem mesmo estes grandes grupos parecem ter tanto glamour nos maiores arraiais de São Luís do Maranhão. A primeira vez que me impressionei com o Boi de Maracanã foi aqui, no Recanto dos Vinhais, bairro onde não há sequer um arraial ou Viva.

Este ano o acontecimento se repetiu. No silêncio da madrugada adormecida do bairro, começou um apito, e então uma buzina, duas buzinas, barulho de motor, e, crescendo, o barulho dos estalos de um pedaço de madeira batendo em outro. Com o efeito Doppler, ao passo que ônibus e caminhões se aproximavam, aumentavam também as matracas, pandeirões e as conversas de brincantes agitados.

A voz em um microfone me fez despertar completamente. “Atenção! Estacionem os carros aqui! Estacionem os carros aqui”, dizia o homem. Olhei pro lado e minha irmã já tinha pulado da cama. Ela andou até a janela e abriu.

Era uma confusão de ônibus, caminhão, carro e gente. Dois ônibus estavam estacionados em frente a minha casa. Os caminhões cheios de pandeirões e brincantes desviavam dos ônibus e continuavam o percurso. Brincantes e seguidores dos bois – há muitas pessoas que seguem os grupos de carro durante todas as apresentações – desciam uma rua perto da minha casa e pareciam se multiplicar cada vez mais. Em poucos instantes, o que era deserto virou multidão.

Virei pra minha irmã. “Vamo descer?”, chamei. “Tu é doida”, ela respondeu e fechou a janela. O relógio marcava 4h30 da madrugada. Deitei, mas fiquei um tempo perdida em pensamentos. Em nenhum arraial antes, eu havia tomado conhecimento da dimensão desse boi. Não que eles não sejam grandes no terreiro, mas a preparação é muito maior. Em plena 4 horas da manhã, os brincantes estavam animados pegando seus grandes chapéus de pena para dançar mais uma hora ou mais. Os ônibus não podiam nem entrar pelas ruas do bairro, sob risco de não haver espaço para todos, por isso ficaram todos na avenida.

Nessas horas é que você percebe a importância do motorista que leva o caminhão das cachaças. E a paixão que leva tantas pessoas a seguir as brincadeiras. Naquela noite, eu duvido que tivesse alguém em Maracanã.

6h30. O moço do microfone começa a chamar todos os brincantes para voltarem para os ônibus. Maracanã já vai.

9h. Abro a janela do quarto. O lugar onde os ônibus estiveram naquela noite está quase vazio. As ruas estão apáticas e mais silenciosas do que o comum devido ao feriado de São Pedro. Do boi de matraca só restaram alguns sinais.


Infelizmente, também eram sinais de que não havia nenhuma lixeira por ali.

*Por Secoelho


gente é pra brilhar


Quase 23h. A banda do Beto agradece e começa a desmontar a aparelhagem de som. Enquanto isso as dançarinas da próxima atração perambulam pelo arraial distribuindo simpatia a pessoas que agradeciam em várias línguas. Suas saias rodadas com fitas coloridas arrastavam pelo chão. Os músicos afinavam os instrumentos no palco.
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23h. As pessoas começam a se aglomerar na frente do palco. Vai começar mais uma atração da noite.
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Nos braços de um dos seguranças, chega a rainha do espetáculo. Baixinha, 85 anos, cabelos bem branquinhos. Ela senta em seu trono vermelho armado minutos antes, veste sua roupa de rainha e testa do microfone. “Crianças, eu quero ver vocês dançando bem bonito hoje pra alegrar o pessoal”. Dona Teté mais que incentiva: ela mostra aos dançarinos que gente é pra brilhar.
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O toque das caixas começa e como se estivessem encantados pelo som, os dançarinos caem no remelexo. Com sorrisos largos eles soltam o corpo ora rodopiando, ora dançando colado numa sensualidade infinita. Vai dizer a ela que é sem-vergonhice, vai! “Quem não pode não emprenha”, é o que ela certamente vai responder.
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Quase meia noite. Os dançarinos derretem na noite quente de São Luís. As luzes coloridas do palco refletem nas lantejoulas e no suor dos brincantes.
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No balanço do Chapéu de Lenha, a platéia é convidada a entrar na brincadeira. Assim termina o espetáculo: todos dançando o cacuriá observados pela rainha que sorri dizendo: “vamos dançar cacuriá, crianças. Dançando bonito, gente, é assim que eu gosto”.

*Por Carulhina

mapa astral do furico

Nascido em um dia em que o céu estava na casa 9 com Neturno confrontando com Vênus numa elipse com Marte, o Furico tem por característica principal o cosmopolitismo dos leoninos ansiosos. Curte praia, passeios ao ar livre e Vodka com Coca-cola.
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Sua aparência tensa nas segundas-feiras de maio é uma forma dele expressar toda sua preocupação com a paz mundial e com as partidas de ping-pong no Acre.

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No amor, prefere se reservar. Combina laranja cor de laranja (a fruta) e outras cores que expressam sua jovialidade e sua atração com o astro-rei regente da casa 2 no mapa astral cosmológico. Tem vida sexual com TDAH¹.

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No quesito finanças, o Furico não vai bem. Todo esse sofrimento porque ele não nasceu virado pra Lua e sim para o astro rei, no caso, o Sol mesmo que tava meio de lua nesse dia.
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Usa e abusa do seu charme para garantir suas conquistas. Não fica envergonhado com sua aparência, se ABRE para o mundo. Tem ótimo feeling para os negócios. Má sorte para o diploma.

¹ Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.


*Por Carulhina e Clis

espermatozóides do barulho


*Por Clis

"sacanagi com os cozinheiros"

Nosso querido Gilmar Mendes, presidente do STF, já provou que não quer muita amizade com os jornalistas. Este tribunal foi o responsável de dar prosseguimento à decisão do TST em abolir a exigência do diploma para o exercício do jornalismo. A alegação: "O jornalismo é uma atividade intelectual, e não científica".

Queridos e estimados leitores, não fiquem tristinhos. Nós não vamos desaparecer. O curso superior continua existindo e o diploma também. Na verdade, o que agora é oficial, já era uma prática nas empresas jornalísticas. Ou seja, exercício do jornalismo era um direito de todos.

Na verdade, à exceção do RP's que tem conselho e tudo, todas as profissões do curso de comunicação não são regulamentadas. Publicidade e produção em rádio e TV nunca tiveram lei de regulamentação profissional, e todo mundo (em tese) poderia exercer essas profissões.

Enquanto isso, continuamos com nossa luta incessante. Pegamos ônibus, enfrentamos uma jornada de 4 anos, se tacando lá pro bacanga para sermos Jornalistas, por formação superior. Azar das empresas que não nos querem nos seus quadros. Afinal, agora além de produzir notícias, fazemos uma deliciosa lasanha.

Quem quer provar?


Por Clis* (indignado)

memórias do intercom: coisas que eu não vi em teresina

Olá pessoal. Depois de um longo e tenebroso inverno algo novo nesse blog.

Bom, pra galera que foi pro Intercom Nordeste, ou ainda tá naquela fase de pesquisa diária no site da Gol se preparando para o Intercom Nacional em setembro, vale a pena relembrar momentos quentes e inesquecíveis de Teresóca.

Para tal, resolvemos fazer uma lista de coisas que não vimos nesta bela cidade.
Se esquecermos algo, por favor inclua no comentário.

1 - Guarda de Trânsito, ou segundo Carol Brito, "guardinha filha da puta". Eu não vi mesmo, bom não tem trânsito!

2 - Engarrafamento. Achei isso pôdidigno...

3 - Pessoas da Companhia de Limpeza Urbana. E a cidade até que é limpinha

4 - Socorrão. Isso fez muita falta pra algumas pessoas né Seane?

5 - O gueto, pessoas pobres e palafitas. Parece que todo mundo mora no Jockei.

6 - Terminal de Integração. Segundo Carulhina, "eu não respeito uma cidade que não tem integração".

7 - Frio. Esse não precisa comentar.

Aguardamos todos em Curitiba, e lá o negócio vai ser diferente. Vamos ter que dizer o que tem lá que não tem aqui. Tenho a impressão que a lista será extensa.


Por: Clis* - da gangue "Furico"

Enquanto isso na aula de Assessoria...

Carulhina diz: Andrezza tu copiou a aula de Assessoria?
Andrezza diz: Copiei sim. Tá aqui:

"Ferida e sem grana em Teresina"


Agora o relato real dos acontecimentos do dia 15 de maio em Teresina, Piauí, são revelados por meio de quem viveu mais intensamente e pronfundamente esta sexta-feira.

O texto está disponível no blog da nossa colaboradora Secoelho =p (merchand)
http://www.eomundoseguiuadiante.blogspot.com/

nós, no caso

Maranhense não espia - maroca;
Maranhense não é chato - é ralado;
Maranhense não estraga a festa - azia;
Maranhense não é mão-de-vaca - é canhenga;
Maranhense não sente agonia - e sim arrilia;
Maranhense não bate- dále;
Maranhense não dá um murro - dá um bog;
Maranhense não é rápido - é zilado;
Maranhense não vai pra farra - vai pra bagaceira;
Maranhense não imita - arremeda;
Maranhense não é feio - é uma mucura;
Maranhense não se toca - se manca;
Maranhense não quebra nada - escangalha;
Maranhense não é ruim - é rúim;
Maranhense não fica satisfeito - fica cheinho;
Maranhense quando se espanta não fala : nooossa! - fala:ééééééguuuaaas!;
Maranhense não toma coca-cola, toma guaraná Jesus;
Maranhense não chama atenção, é esparroso;
Não existe maranhense gay, existe maranhense qualira;
Maranhense não é moleque, é piqueno;
Maranhense não fica com fome, fica brocado;
Maranhense não é convencido, só quer se amostrar;
Maranhense não fica zangado, fica injuriado


Alguma a mais?

Por Clis*

o intercom-ne foi mara(nhense)


Dos 6 prêmios que a UFMA levou, 4 foram de equipes da turma de Comunicação de 2006.2:

Maranhão Ciência: o Portal
do Jornalismo Científico

Videotur

Santo de Casa: as vozes do
Maranhão na Universidade
FM

A comunicação como
ferramenta para melhor
desenvolvimento social

Parabéns pra gente! IBA IBA IBA, eu vou pra Curitiba!!!

especial dia das mães


o que dizer sobre dona Auriri, ou grito Mamadih, quando eu chego da UFMA com fome... Bom ela briga muito, ela me chama de merda, de preguiçoso... ela diz que eu acordo tarde, que eu não ajudo em nada.... que jornalismo não dá dinheiro... Bom, como dizem, mãe sempre tem razão... Acima de tudo eu a amo, e ela é mãe mais legal do mundo!!!
Mamadih, põe o mêeeuuuuu....
Maiêee, cabei
*Por: Clis

Especial Dia das Mães 3

Essa é a Dona Sandra Maria, vulgo "Bubue" e Maminha, minha digníssima mãe. Essa moça aí, que deve estar louquinha tentando concluir a dissertação do Mestrado em tempo recorde, se preocupa com todo mundo (e isso inclui eu, meus dois irmãos, minha prima e Panqueca). Ela sempre acha engraçado quando a chamam de mãe coruja, mas basta ver como ela fala com a nossa gatinha, Panqueca, pra ter certeza disso. É algo do tipo: "Bebezinha quer comer, é? Oooo, ninguém bota comida pra mim e eu sou uma gatinha linda".

Beijos, Maminha ;*
* Por Secoelho

especial dia das mães


Dinazinha de mamãe! Amo quando minha mãe querida me chama assim...Sinto grande saudade de suas peripécias maternas, do tipo: “Já passou protetor solar?” ou “Arruma essa cama, Zaíra! Nãã”...caros furiqueiros, o Pará não é só a terra do Calypso, é a terra da guria que tem a mãe mar-linda-de-todas, a mamãe da Zaíra!

Maaaanheeeê, TE AMOOO!

*Por Zazá

Especial Dia das Mães



Iguais mesmo só na aparência! Ela gosta de sossego, eu sou hiperativa. Ela quer cuidar do nosso sítio, eu quero dar a volta ao mundo de bicicleta. Ela gosta de azul, eu curto mais o amarelo. Ela só reclama dos meus tênis sujos e acha que eu vou morar pra sempre com ela. Eu reclamo da vida e tenho certeza que ela vai estar sempre comigo. Mâiê, te amo!

*Por Carulhina

coisas legais do povão

De repente, 16h30, viiiiiiiji preciso ir mimbora. “Os ôibus não tom mutu lotadu nessa hora”.
Éguas, lá vem um Vila Sarney Filho Term. Cohab, esse dá pra mim.

Já estamos na estrada de Ribamar, to quase chegando em casa, grazaDeus!
Uma obra no meio da avenida, duas motos que estavam na lateral do ônibus se chocaram e um dos motoqueiros caiu na estrada. Tudo isso por conta do desvio do ônibus pra não bater nos cones de sinalização da obra.

Aí começa.
Um senhor lá atrás: “esse motora é um louco, parece que tá carregando bicho, Cavalo!”.
Uma senhora do meu lado que não parava de falar (eu já tinha colocado o fone do mp3 há muito tempo, claramente): “mermão eu to tontinha aqui!!! Isso num respeita ninguém”.
Uma jovem mais atrás: “isso é falta de Deus no coração. Parece que não tem pena das pessoas humanas...”
A cobradora: “ele num tem culpa não sinhóra, ele ia era bater nos operários”.
Um senhor na frente: “Vatimbora motora, ihu! Arrocha... arrocha...”
A senhora do meu lado de novo: “Parece que tá com o capeta no couro!!! Procura orar meu filho!!!!”
Um coro: “Arrocha motora!!!”

O motorista continuou seu trajeto (acelerando, só de mau), e eu claramente coloquei de novo o fone no ouvido (Forró Sacode, sem piadinhas inevitáveis).

*Por Clis

enquanto isso no estacionamento...


Andrezza Dss mostrando que se começa a respeitar as leis de trânsito na universidade!

furico hits

1- Salmão Rosa
2- Rapidão
3- o CCH me deixa trelelé

4- Rapidão Remix
5 - Dread fake
6- Joga um kilo de açúcar nela

Bonus Track
Slow Motion RedaçãoI Drams
Nilson ta no Circo do Seu Zé!
Vozes no Corredor
Não meta o dedo onde não é chamado

Breve em qualquer lugar arejado e com céu em HD.

as cores da cidade em movimento

Há aproximadamente 4 anos, comecei a perceber o fascínio que as cores provocavam em mim. Anúncios, catálogos de roupas, revistas, estes eram os veículos pelos quais podia simplesmente apreciá-las, mesmo inconscientemente.

Acontece que as cores são tão comuns e tão facilmente absorvidas que a maioria das pessoas nem valoriza o potencial pedagógico delas. Ora, caros, não é à toa que cada Terminal de Integração tem uma cor, e consequentemente, que os ônibus também tem um identificação visual própria para os seus percursos. A importância disso talvez esteja implícita na estatística em que o Maranhão ocupa uma das mais altas posições: o analfabetismo. Assim, saber que o ônibus, por ser verde, uma hora ou outra, vai parar ou pelo menos passar no terminal da Cohab, é uma mão na roda para quem o letreiro luminoso não passa de um desenho engraçado (e que se mexe).

Mas a questão aqui não é exatamente a função social das cores nos ônibus, mas as significações que elas assumem... Perguntei para Carulhina: “O que o ônibus vermelho representa pra ti?”. A resposta não demorou um segundo. “Terminal da Cohama”, disse. Essa era a mesma resposta que eu escutava para a mesma pergunta, mas confesso que não me dei por satisfeita.

Porém, já era um começo:

Ônibus vermelho, Terminal da Cohama... “Vazio”, completou Carulhina. E o que mais? "Menos sujo, pessoas mais arrumadas e cadeiras com o estofado inteiro".

Ônibus Amarelo, esse é do balacubaco. É a cor do Tropical São Francisco, do Uema Ipase, ou seja, velocidade, emoção, desespero, motoristas loucos. E esses ônibus vão para a integração do São Cristóvão. Ah, essa era fácil! Amarelo significa o que? Energia, o que também serve para velocidade e que também serve para confusão. A cor também significa atenção, o que serve para os perigos: motoristas loucos, ônibus em péssimo estado (que comumente ficam no prego) e pessoas desvairadas. E para completar com chave de ouro, integração do São Cristóvão significa o que, Carol? “Ambulantes”, afirma com segurança.

Ônibus verde representa a integração da Cohab e do Cohatrac, porém, é quase impossível fazer uma associação das cores desses ônibus e a famosa tranqüilidade que as ondas da cor verde transmitem para o nosso olho. O terminal da Cohab está sempre lotado e parece ocupar o meio-termo entre a Cohama e o São Cristóvão, nem tão bom, nem tão ruim. Mas o sentimento de quem frenquenta o local, a meu ver, é a esperança. A esperança de pegar pelo menos o segundo ônibus, já que a fila está muito lotada.

Os ônibus azuis, pelo menos no meu campo de visão, são os menos freqüentes. E não tem nada a ver com aquelas idéias de azul como frio ou tranqüilo. Os ônibus que vão para aquela integração que nem sequer sei o nome, como o clássico Quebra Pote, representam distância. Assim, como o céu.

A primeira integração, a matriarca de todas, Integração da Praia Grande, bem, esta é moleza. Junte várias cores e o que você tem é a aquarela dos meios de transporte público do Maranhão.


*Por Secoelho

a guerreira e o Circo

Na última quarta-feira, 22, eu estava a caminho da UFMA. Ao passar no Aterro do Bacanga, percebi que havia alguns carros e caminhões estacionados naquele local: um circo chegara na cidade; ele não é novo, apenas não vinha a São Luís há um bom tempo.

Pois é, assim como o circo se estabelecera na “Ilha Rebelde”, o Circo voltara a atuar no nosso estado. Muitos pensavam que eles não voltariam, mas como uma fênix, ressurgiram mais uma vez.

A guerreira voltou. Não tão forte (ou bonita) como quando assumira o governo pela primeira vez, em 1994. Mas voltou com desejo de fazer, assim como dissera naquela época, “o melhor para o povo”.

A Justiça afirma que cumpriu justiça ao cassar o mandato do ex-governador Jackson Lago e dar a vaga à senadora Roseana Sarney Murad. Não quero dizer que cassar o mandato de alguém que burla as leis eleitorais é errado. Mas em um país chamado Brasil, a compra de voto não é algo tão distante e difícil de se ver. Desde o início da “República” isto vem acontecendo.

Como todo “interiorano”, cresci vendo o despejamento de dinheiro nos lugares que morei. Às vezes, eram cinco, dez reais, ou simplesmente a passagem do eleitor, a dentadura de outrem e assim vai. Agora, a maior justificativa do grupo Sarney é a mais usada pelo mesmo em 40 anos de governo no Maranhão. A Justiça age tal como o mestre Jesus falou: “Coais um mosquito e engolis um camelo!”.

E o grupo voltou fortalecido graças à falta de maturidade e senso de Lago nesses dois anos de mandato. Os maiores cargos foram dados a quem se dedicou à volta da guerreira. O cunhado Ricardo Murad, aquele que dizia ser inimigo da guerreira, é o novo secretário de Saúde. Para a Secretaria de Trabalho, o ex-adversário José Antonio Heluy (PT). E para finalizar com chave de ouro, o representante do Maranhão em Brasília é Chiquinho Escórcio. Não sabe quem é ele? Vou refrescar tua memória: ex-assessor de Renan Calheiros (PMDB-AL) e acusado de araponga, em 2007, ao tentar espionar os senadores Marconni Perillo (PSDB-GO) e Demóstenes Torres (DEM-GO).

A lista continua: Tadeu Palácio é o novo secretário de Turismo. Isto mesmo, o ex-prefeito e ex-amigo de Jackson agora é secretário de Roseana. Quem diria que o jovem médico, que surgiu na política graças a Jackson e dizia querer libertar o Maranhão do grupo Sarney, mudaria de lado.

O golpe de misericórdia foi a escolha da nova Secretária de assuntos da Mulher: Paulinha Lobão, que o próprio nome já diz tudo tudo, vai comandar “algo mais” no governo. A apresentadora de um programa riquíssimo em cultura é nora do ministro de Minas e Energia, Édson Lobão e mulher do senador Edinho Lobão (PMDB), donos do Sistema Difusora. Só assim o governo terá apoio dos dois maiores grupos de comunicação do Estado.

A guerreira voltou. E parece que, assim como canta o rei Roberto Carlos, é pra ficar: “Eu voltei, agora pra ficar, pois aqui, aqui é meu lugar!”


*Por Eduardo [Rimador] Oliveira

por que não existe mais adrenalina?

Eu me lembro muito bem. Acho que eu estava na 6ª série, quando ia com mamãe no Centro pagar as contas gerais de água, luz e telefone. Pra mim, esse era o momento mais esperado do mês.
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Saía alegre e sorridente em busca do velho e bom Maiobão L1 – João Paulo/S. Fco. e depois de tenebrosos 45 minutos e mais alguns minutinhos no Centro, depois de comer a gigante bomba do China na Rua Grande, era o momento de voltar. E era aí que tava a emoção.

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Lá vamos nós, esquina da Caixa Econômica, Rua Rio Branco... lá vem chegando a praça Gonçalves Dias, é agora! O ônibus está dobrando e... Uhuuuuu.... Nossa essa descida foi Mara! Bons tempos aqueles em que eu nem precisa do parque Diversões Bola de Ouro pra sentir tanta emoção.

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Assim também era quando chegava próximo ao Socorrão I. Infelizmente, a deformação do asfalto e os buracos não permitem mais tanta emoção. Como não somos providos de parques aquáticos e outros temáticos, o jeito é esperar pela próxima vez que o parque vier pro Viva Maiobão.

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Enquanto isso me divirto na fila do 311 Campus... grandes emoções, vô ou não vô! Eis a questão!

*Por Clis

Ps.: Texto com sua gênese em uma conversa com Carulhina no ônibus logo depois de não sentir a emoção da descida.

Impressões da minha vida sobre certos ônibus

Estava eu no meu São Bernardo/João de Deus, com o meu cel descarregado, sem poder escutar música e de pé, a felicidade tomava conta do ser, afinal esperei por 40 minutos e quando veio ainda era alvorada, que é o que dá mil voltas no mundo e não me deixa na porta de casa. Mas nem isso afetou minha imaginação prodigiosa e nem minha memória, comecei a lembrar da minha infância em que ir na esquina era uma aventura, e quando estudava no João Paulo ir ao centro, idem. Como não tinha a menor idéia sobre alguns lugares da nossa imensa cidade, deixava tudo na imaginação:

Vila Esperança: eu pensava que ônibus vinha do SBT e levava as pessoas pro programa vila esperança, lembram?

Cajupe: Lá as pessoas só comiam caju e todas as árvores eram cajueiros.

Cujupe: esquece...

Forquilha: primeiro pensava que era um bloco de carnaval depois comecei a pensar, tem uma linha de ônibus só pro retorno da forquilha? Depois eu descobri que era um bairro...

Cantinho do céu: imaginava um lugar cheio de flores, de paz, harmonia, moradores felizes e sorridentes.

Liberdade: pensava que era um bairro só de ex-escravos, que passavam o dia todo festejando.

Pau deitado: não, não pensei besteira, eu achava que lá era um lugar cheio de lama e por isso era cheio de? Pau deitado!

Maracanã: adivinha! E quando passava pelo castelão ainda pensava: ele não vai parar não?

Cohab: na verdade era circular, eu pensava que o ponto final era na casa do netinho. Daí as pessoas ficavam cantando: “vai ficar legal pagode na cohab no maior astral”.

Cema/Detram: pensava que era o ônibus fiscalizador dos outros ônibus.

Qualquer coisa/Ipase: eeerr, até hoje não sei onde fica o Ipase...


*Por Mila Morais

Música + ônibus = distração total e absoluta.

Não da pra se falar em ônibus sem se falar em o quê se escutar no ônibus, tendo em vista meu movimento pendular de todo santo dia. Pra agüentar o percurso o elemento ‘distração’ não pode ser desconsiderado em tempo algum e, já que eu não sou muito de ficar ouvindo a conversa alheia nem de ficar puxando papo com os outros, a melhor forma de fazer com que o tempo passe mais rápido é enchendo meu mp3 com os meus hits preferidos. Nem sempre isso é suficiente, mas já quebra um galho.
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Além de distrair, o mp3 me livra de seres asquerosos como: pessoas que ouvem música no celular sem utilizar o fone de ouvido (malditos); senhorinhas com síndrome de comentarista: “minha filha, esse motorista quer colocar a cidade inteira nesse ônibus!”; senhorzinho tarado (prefiro não comentar); alunos baderneiros do Ensino Médio; motoristas do UEMA-IPASE que colocam o som do ônibus no volume máximo; e, às vezes, ele me livra até da minha tia-avó Loide que malignamente quase sempre vai comigo no ônibus (parece que ela advinha a hora que eu saio de casa).
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Opa, lá vem o ônibus. Ligo o mp3. Faço parada. Subo. Quase não subo. Lotado. Aperto geral. Primeira música: ‘Não vá se perder por aí’ dos Mutantes. Som malignamente baixo. Não da pra aumentar porque não consigo colocar a mão no bolso. Primeira música acaba, vem a segunda, a terceira, a quarta, sobe mais umas 10 pessoas (e eu achando que não cabia mais nem um prego), duas passam me encochando, tento desviar, alguém xinga o motorista até que ele enfim resolve não parar mais. Chego à constatação de que mesmo soltando do ferro de cima não iria cair porque não tinha onde cair por falta de espaço. Aproveito o momento ‘engarrafamento na Forquilha’ pra por a mão no bolso e aumentar o volume. Começa a tocar ‘Vô Imbolá” do Zeca Baleiro. O senhorzinho do meu lado olha com uma cara de ‘essa-menina-só-pode-ser-surda-ou-retardada’. Tocam mais umas 4 músicas até que enfim chego no terminal da Cohab. Desligo o mp3. Ufa! Saí do calor infernal do Ribamar-Terminal pra pegar Circular 1. Religo o mp3.
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Essa segunda etapa é o momento ‘aguente-que-vai-subir-um-monte-de-gente-querendo-vender-algo-ou-pregar’. Dito e feito. No terminal mesmo sobe um garoto vendendo canetas. Olho pra cara dele e o imagino cantando ‘Tem quem queira’ do Antônio Vieira. Fica engraçado. Esbocei um sorriso e moleque achou que estava dando mole. O pequeno vende duas canetas e desce no Angelim. Sossego? Que nada! Sobe outro pregando. Tentei me concentrar no que estava tocando. Começa ‘Anselmo’ do Luisa Mandou Um Beijo. Me empolgo com os primeiros acordes. Depois constato que eu estava com uma cara de empolgação desconcertante. Tento disfarçar. Acho que, tirando a guria que estava do meu lado, ninguém mais viu.
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Depois de um engarrafamento gigante no Cohafuma e de outro maior ainda no São Francisco, chego ao terminal da Praia Grande. Desligo o mp3.
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A fila do Campus é aquilo que todo muno conhece: “gigante pela própria natureza”. Vou lá pro final da fila (coisa que todo mundo deveria fazer). Dois Campus-Integração e dois especiais depois consigo pegar Campus. Pra variar: lotado. Fiquei na porta. Esse é o momento ‘adrenalina a mil’. Os motoristas do Campus se acham verdadeiros pilotos de formula um. Já saiu do terminal numa velocidade que quase me põe pra fora do ônibus. Tive que me segurar bem ainda na curva do Anel Viário e no retorno da UFMA. Isso tudo ao som de ‘Esquece e vai sorrir’ do Ludov, nada mais especifico pro momento. A maior parte do povo do ônibus desceu no CCH. Agora é só tranqüilidade... Ledo engano! Distraída ouvindo agora o ‘Frevo nº 1’ com a Maria Bethânia esqueço que existe uma curva diabólica antes do CCSo e dou com a cabeça no ferro da porta. Desço coçando a testa e desligando o mp3. Por hoje, ele já me atrapalhou o bastante.


*Por Carulhina

série busologia

É com o tradicional misto de apreensão, sufoco, alegria, gentileza, honestidade, malemolência, paz, amor, sal e tempero seco que nós do furicoOnline temos a honra de apresentar a mais nova série 'Busologia' (não vovó, não é Biologia!). Aí você pergunta: 'quediabéisso?'. Simples: é uma série em que nossos gentis, sagazes, preguiçosos, astutos, malemolentes, e por que não dizer bebezinhosoxemãe, criaram para divertir os mais entediados com nossas histórias de ônibus. Agora leia o texto de cima que já começou a bagaça!

o peixe comeu seu coxola


Há rumores de que Seu Coxola não quis vender o relampejo no preço antigo pra Mundico. Esse foi o estopim da relação entre os dois. Mundico, que não guarda almoço pra janta, comeu a cabeça quase careca de Seu Coxola!

o Peixe comeu diego

Dessa vez, a vítima foi Diego que vacilou de costas pra Mundico (ui! piada inevitável).

Fórum de Jornalismo da Fac. São Luís


Mais uma vez, mostrando que somos guerreiros (enfrentamos a contra-mão dos ônibus, o lanche caro e o atraso das palestras) nós do Furico.Online fomos prestigiar mais um evento na área de comunicação em nossa belíssima cidade: o Fórum de Jornalistas realizado pela Fac. São Luís. De cá pra lá, os sorridentes: Clis, Carulhina, Pris, Mila Moraes e Zazá.
Mais detalhes em nosso twitter

o peixe comeu laís


Laís parece satisfeita com a ideia de ser comida por Mundico.

o peixe comeu carol brito


A primeira vítima entrou em pânico ao ser devorada por Mundico.

Série 'peixe comeu'

O FuricoOnline tem o prazer de lançar a mais nova série de postagens: 'Peixe Comeu'! É com um misto de felicidade, pavor, satisfação, sal e tempero seco que apresentamos agora aquele que é a razão desta destemida e incrível saga: o peixinho Mundico!!!


Durante os próximos dias (quiçá meses) você, caro leitor, se deleitará com as aventuras deste lindo mascote que tem como principal característica aparecer em fotos comendo a cabeça dos que passam (e param) distraídos pelos corredores do CCSo.
Divirta-se com essa aventura encefalofágica.

Bicromia sintética



*Por Carol Brito

Paredão é fogo


“E com mais de 70% dos votos, o eliminado é...”

Não, eu não sou o Pedro Bial e isto não é o Big Brother Brasil. Trata-se de um fato histórico na política maranhense. Algo que, nesses vinte e dois anos de vida, eu nunca vira parecido: a cassação do governador do Maranhão, Jackson Kleper Lago.

Depois de ser mandado para o paredão pela terceira vez, o doutor “Woody Allen” não resistiu, pois a maioria dos telespectadores não perdoou aos “pequenos” erros do governante maranhese. Agora ele se junta ao playboy Cássio Cunha Lima, ex-governador da Paraíba, vencido no Paredão. (Será que vai sair na paparazzo?)

“A Justiça fez justiça, devolveu o mandato que eu tinha ganho”, disse emocionada a concorrente de Jackson, Roseana Sarney Murad. Embora com seu novo visual, ela não pareça muito alegre, já que a fragilidade na saúde é vista claramente (êta vício, hein?!).

Voltemos ao caso de Woody: assisti a uma parte do paredão e, sinceramente, quase chorei ao ver a defesa de Jackson; o senhor Francisco Rezek atuou muito bem. Francamente, sacanagem! (como diz o nosso amigo Kiabo).

“Se fosse antes, seria melhor para o povo”, declarou Roseana. É isso aí! O povo em primeiro lugar! Viva a você maranhense, que enfrenta (e fura) a fila do RU... você que pega Campus lotado... que vai lanchar “Cabañas” no CCET, porque é mais barato que a “Leitosa”, do seu Coxola (é com x ou com ch?!)... Sim, a você que enfrenta uma longa fila do BB para poder pagar uma multa de cinquenta centavos da Biblioteca... A oposição fez isso por você!!

Sinta-se feliz porque eles voltaram. O novo filme da trilogia vai começar e com uma trilha que lhe faz jus: “Eu voltei, agora pra ficar; pois aqui é o meu lugar...”

Estrelando: Woody Allen (Jackson Lago) e Jonh Voight (José Sarney)

Direção: Clint Eastwood (Carlos Ayres Brito)


*Por Eduardo [Rimador] Oliveira

Dieta by Zaíra

"Gente, não posso comer no CT porque eu estou evitando alguns alimentos. Fast food, por exemplo, não posso. Só se o fast food for feito devagar."

*Zaíra explicando sua nova dieta.

** Se alguém entendeu, explique. Também queremos saber que dieta é essa.

Experiências com formulários

Acredito que todo mundo que esteve diante de um formulário teve a sensação que eu tive na ultima sexta-feira. Não foi o primeiro formulário da minha vida. Já fiquei horas preenchendo os do vestibular por meio dos quais decorei meu rg e cpf. Mas o da sexta foi com certeza foi o mais estressante e desajeitado. Esse queria me “dirrubar”.
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Acho que a pior coisa é não ter alguém do lado que já tenha preenchido uns três ou quatro iguais ou parecidos no curso da vida. Por isso que a minha mãe é a pessoa mais indicada pra estar do lado de alguém que precise completar todos aqueles quadradinhos insuportáveis. Mas ela não tava lá.
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Não tava lá e nem se preocupou em atender o celular quando eu liguei.
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O formulário a ser preenchido me lançaria no mundo da quase independência pelo curso de quatro meses. Pois é, era um formulário para recebimento de bolsa de monitoria. Monitoria que caiu do céu.
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Dona Nair entrega o papel com mil perguntas.
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O começo foi moleza: dados pessoais. Meu nome, endereço (sempre fico constrangida com ele), meu rg... moleza. Meu curso. Ta bom. História, mas... boto licenciatura ou não? Sei lá... só História ta bom. Título do projeto? Sei lá! Vou perguntar:
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- Dona Nair?
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Ela não respondeu. Deve estar concentrada. Chamo de novo ou não? Ah quer saber, esquece! Acho que ninguém nem vai ler mesmo.
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Ta bom. O que falta? Número da conta? Mas eu nem tenho conta!
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- Dona Nair, eu não tenho conta, o que eu faço? – falei com segurança e inocência. Meu erro.
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Acho que Dona Nair tem problemas em casa. Só pode! Ninguém trata os outros mal e depois ainda se acha a dona da razão. Pois é. Quando eu disse que não tinha conta ela me perguntou – olhando por cima dos óculos e com aquele ar de “essa-mala-só-veio-aqui-pra-atrapalhar-meu-serviço”:
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- Minha filha, como é que você quer receber uma bolsa sem ter conta em banco?!
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Duas coisas me irritaram profundamente: o fato dela me olhar com cara de quem domina o mundo e me chamar de “minha filha”. Que absurdo! Por acaso ela nunca foi chamada de “minha filha” e odiou?
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Acho também que Dona Nair gosta mesmo é de ver as pessoas desesperadas, pois foi assim que eu fiquei na hora: d-e-s-e-s-p-e-r-a-d-a! Alguns segundos depois, ela disse que eu poderia colocar o número da conta de algum conhecido. Alívio profundo. Mas ainda assim saí da sala dela pensando que ela só tava esperando eu sumir no horizonte pra rasgar o meu formulário.
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Como já disse, essa não foi a minha primeira experiência com formulários, mas com certeza foi a mais traumática. Mas quem nunca tremeu perto de uma folhinha com quadrinhos pronta pra ser preenchida? Dizem as donas matildes da vida que até mesmo os grandes homens da História ficaram sem saber o que fazer quando lhes foi entregue um formulário. Dizem que Dom Sebastião, quando estava retornando a Portugal, foi barrado em um principado na França, pois seu visto estava vencido. Teve que preencher um formulário para entregar ao monarca reinante, mas já que esqueceu o número do cpf, não pode pegar o atalho pela França tendo então que retornar. Depois disso ele nunca mais foi visto...

*Por Carulhina

(Este texto foi escrito no início de 2008 para a extinta RadioBleh. Foi editado e colocado aqui pois 99% dos integrantes do Furico.Online estão atolados de trabalho ou viajando, motivo pelo qual se tem uma overdose de Carulhina. Em março voltaremos com a programação normal).

início de semestre letivo em uma instituição federal tradicional e os estudantes de um centro de ciencias que adora o primeiro dia de aula.

Carulhina diz:
clis
Carulhina diz:
q q tu ta fazendo?
Christyannzinho diz:
nda d proveitoso, soh ajeitando coisas do meu novo trabalho
Christyannzinho diz:
hehe
Carulhina diz:
(jemt, q cara d mal na foto \o/)
Carulhina diz:
ah tah
Carulhina diz:
qndo tu começa?
Christyannzinho diz:
jah comecei
Christyannzinho diz:
sgunda passada
Carulhina diz:
\o/
Christyannzinho diz:
e vc jah de volta a ativa estudantil?
Carulhina diz:
muito pouco
Carulhina diz:
só dia 6, baby
Christyannzinho diz:
OW BELEZA
Carulhina diz:
(detalhe: 6 é uma sexta e eu te pergunto: qm vai sexta?)
Christyannzinho diz:
esse povo eh bem esperto
Christyannzinho diz:
hehe
Christyannzinho diz:
axu q foi estratégico
Carulhina diz:
claramentch
Christyannzinho diz:
pra ver se finalmente vai todo mundo na segunda
Carulhina diz:
hahahahahhhahahahaha
Christyannzinho diz:
eu tenhu uma amiga q faz direito q diz q soh vai fim do mes
Christyannzinho diz:
hehe
Carulhina diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Carulhina diz:
andrezza deve ir só em abril!!!!!!!!!!!!!!!
Christyannzinho diz:
uahaushuashaushuahsuas

São Luís depois de uma chuva hard

Em janeiro passado, o Centro Histórico de São Luís foi palco do Laboratório Internacional de Mídias Livres. Depois de uma madrugada chuvosa, os primeiros raios de sol do sábado (24) só foram vistos após o meio-dia. Enquanto ele não aparecia no céu e a oficina Conflitos Internacionais e Ética na Comunicação ministrada pela jornalista Beatriz Bissio não começava, Carulhina e Secoelho aproveitavam para registrar os efeitos da chuva hard que caiu sobre a cidade.

*Fotos por Carulhina
*Secoelho como modelo

memórias futebolísticas

Em 2009, o Brasil comemorará os 14 anos do Tetracampeonato Mundial de Futebol. Eu tinha 6 anos e torcia pelo time de amarelo porque todo mundo tava de verde e amarelo. Eu só queria saber por que tava demorando tanto pra acabar. Eu queria saber também por que todo mundo ficou tão preocupado quando o jogo acabou e mesmo assim os jogadores continuaram no campo. “Mãe, por que eles tão rezando?”, “mãe, por que eles tão se enchendo de água?”, “mãe, porque eles tão balançando as pernas?”. Era a hora dos pênaltis.
.
Em meio a gritos de “vai errar, vai errar, vai errar” alternados pelo coro de “gol, gol, gol, gol”, eu andava pela varanda sacudindo uma bandeira do Brasil imaginando sei lá o quê, mas comemorando os acertos amarelos. A única cobrança que realmente prestei atenção foi a última. Alguém disse: “É agora!”. Corri até a torcida organizada na varanda – que agora gritava: “vai Taffarel! Vai que é tua!” – sentei no colo do meu pai e ele disse pertinho do meu ouvido bem baixinho “Se ele errar é o Brasil é tetra”. Eu me encolhi, fechei as mãos perto da boca.

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O moço de camisa azul, shorts branco e com rabinho de cavalo ajeitou a bola no pedacinho branco redondo perto da trave e eu suspirei. Ele tomou distância e eu prendi a respiração. Ele correu e... errou e eu pulei do colo (ou fui jogada, sei lá).
O moço de camisa azul baixou a cabeça, colocou as mãos na cintura e ficou lá parado. Nesse momento todos gritavam “é teeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeetrrraaaaaaaaaaaaaaaaa, porra”.

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Tre o que, pai?”.

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Tava todo mundo comemorando, comemorei também. Tava todo mundo pulando pulei também. Sacudi desesperadamente o que restava da bandeira. Tocava a música do Airton Sena, todo mundo falava ao mesmo tempo, uns choravam, outros se abraçavam, os jogadores de amarelo também se abraçavam, meu pai me abraçava, alguns azuis davam tapinhas nas costas do moço que jogou a bola longe...

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O moço da camisa azul e com radinho de cavalo foi minha primeira imagem do fracasso. “Coitado dele! Ele vai voltar pra Itália, pai?”.

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“É TEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEETRRRRRRAAAAAAAAAAAAAA, PORRA”. Foi só isso que ouvi durante o resto do dia.

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Ele voltou pra Itália e viu, 12 anos depois, a Itália ganhar seu Teeeeeeeeetra em cima da França (nos pênaltis também). A imagem mais marcante da conquista italiana de 2006 não foi a cabeçada do Zidane no Materazzi, não: foi o povo de azul cortando o rabinho de cavalo do Camoranesi no pedacinho branco redondo perto da trave. O que será que passou pela cabeça do Baggio nessa hora, hein?


http://www.youtube.com/watch?v=UAMMY7wYLvU

*Por Carulhina