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Boys Bands e suas mensagens sociais

Apesar de reunir milhares de fãs no mundo, as boys bands estão entre os agrupamentos musicais mais criticados, recebendo mais críticas até que as cantoras peitudas-gostosonas que surgem a cada dez minutos.

Quando criança, nunca fui fã destes grupos, mas com o amadurecimento que a adolescência traz, pude enxergar além das roupas parecidas, das canções românticas e das fortes expressões faciais. Afinal, existia mais coisas por trás das Boy Bands.

A primeira vez que tal idéia me passou pela cabeça, eu estava, como diria uma amiga minha, muito bem lendo a minha revista Disney Explora, hoje extinta, na qual havia, nada mais, nada menos que um quadrinho com o N’sync, em que os músicos, heroicamente, salvavam o mundo da música ao impedir que Mozart se desviasse das aulas de piano para jogar minigame. Brilhante!

Além de salvar o mundo (pelo menos em quadrinhos), as boys bands sempre consequem trazer aquela felicidade repentina e inocente. Quem nunca urrou de prazer ao ouvir “All you people, can’t you see, can’t you see”? Quem nunca se sentiu extasiado pela poesia dos BSB, do Five, do N’sync etc.? Será que alguém já parou para refletir sobre “Show me the meaning of being lonely” ou de “Baby, when the lights go out”? Letras capazes de transbordar amor e bondade em qualquer coração, e, como se não bastasse, elas ainda são cantadas em coro! Que delírio!

Mas, quando se trata de boy bands, não só as letras dão o seu recadinho. E aquelas coreografias? A primeira vez que vi o Five dançar, não pude acreditar nos meus próprios olhos, comecei a exibir um rizinho abobalhado e a sacudir a cabeça no ritmo de “If ya gettin’ down”. Passei muito tempo tentando desvendar como eles conseguiam passar tanta felicidade ao mundo através de passos largos, mãos se mexendo e dancinha sincronizada. A chave para esta resposta era a sincronia. É isso, sincronia é tudo que precisamos hoje em dia!

E para os que ainda não vêem nada de mais nessas “bandinhas”, deixo com vocês o trecho de uma música que, ao longo dos anos, vem enriquecendo a vida de multidões:
“Get on up when you’re down
Baby take a good look around
I know is not much, but It’s ok
Keep on movin’ on anyway”

*Por Secoelho

Abaixo ao vento de São Luís!

Se você está entediado, abatido, sem vontade de cantar uma linda canção e acha que em São Luís não tem nada para ver, eu tenho um programa para você. Conheço um lugar onde você encontra os melhores humoristas do estado, num ambiente agradável e de graça! Onde é este lugar maravilhoso? Ora meu caro leitor, na Assembléia Legislativa do Maranhão! Por exemplo, hoje um deputado propôs um lindo projeto para derrubada dos babaçus na ilha de São Luís, por que, por lei, o terreno onde há um inocente babaçu morando, uma construtora não pode comprar em proteção a árvore. Eis o ponto de partida para choros, lágrimas, especulações e, até mesmo, citações da Bíblia. De um lado, as lágrimas rolaram na face do pessoal do governo. Discursos emocionantes sobre a vida sofrida das quebradeiras de côco. Os rios, mares e florestas estão sendo devastados pelas construtoras maquiavélicas que querem o lucro acima de tudo. Só que o ponto alto da festa foi os deputados da oposição, eles defendiam que, para o progresso, não deve haver barreiras. Especialmente um que estourou o tempo cedido com um discurso exaltado e sem razão; ao final o dito cujo estava mais vermelho que estrela do PT. Ele dizia que São Luís só existia porque árvores foram derrubadas (dã), que o pensamento ambientalista só serve como populismo e conservadorismo, e que, se continuássemos pensando assim, São Luís seria sempre uma merda em termos de desenvolvimento. Adoraria ver esse deputado falando de progresso, da mesma maneira enfática como ele falou, para o pessoal lá da estiva que vive do óleo do babaçu. É incrível o ódio deste deputado por uma simples palmeira de babaçu. Por fim, entre risos e lágrimas, eis que o presidente da casa adia a votação para o dia seguinte, isso por que ainda eram dez horas da manhã! Daí você conclui, meu caro leitor: toda essa agitação foi por causa de umas palmeirinhas de babaçu. Mas, lembre-se que a eleição para deputado estadual é daqui a dois anos e que deputados precisam de dinheiro para eleger. E, sinceramente, por, digamos, cento e cinqüenta mil reais, eu odiaria até o vento de São Luís.

*Por Mileide Reis

Furico.Online no ar

Queridos leitores,

É com um misto de felicidade, insegurança, sal e tempero seco que estamos inaugurando nossa vida online. Nós, que sempre figuramos pelos corredores do Curso de Comunicação Social de nossa querida UFMA, decidimos eliminar gastos com a impressão de nossa pequena gazeta mensal, passando a estrelar no universo dos blogs. Prometemos que nessa nova fase seremos sempre cosmopolitas, sorridentes, amistosos, guerreiros, sagazes, inflamados, surpreendentes, carinhosos, titulares, coloridos, singulares e quentes, através de textos tecidos como se tecem tapetes. Paremos de blá blá porque este lero lero já tá cri cri. Que venham os textos!!

Furico.Online